quarta-feira, 11 de novembro de 2015

E quando criei asas

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Eu vivia aprisionada dentro de mim mesma, num mundinho que eu achava até então, ser ótimo, mas eu não olhava ao redor, não prestava atenção pra ver as coisas boas que a vida me oferecia e aceitava qualquer coisinha que viesse. Me torturava, me maltratava, aceitava. Mas um dia a Vida olhou pra mim, me deu um chute no traseiro e falou: “Vá viver, mulher! Vá ser feliz por você e não pelos outros!”. No início doeu, eu não sabia lidar com tanta diferença, mas a partir dali eu percebi que a dor que eu sentia, eram minhas asas nascendo, minha liberdade de fazer meu próprio vôo, sem precisar alguém pra me indicar o caminho, ou fazer o caminho de alguém. Eu poderia descobrir as coisas mais lindas, e o melhor, sozinha, do meu jeito. Me senti mais bonita, mais feliz, independente, livre. Livre dos pesadelos que assombravam minhas noites e meus dias, livre das dores na alma, livre de sentimentos ruins que me dominavam de certa forma e que eu achava normal, hoje em dia sei que não havia nada de normal naquilo. Entendi que perdoar é apenas lavar a alma, é como um cobertor num dia de frio, só faz bem. Aprendi que na minha vida o que mais me importa é a minha vida, minha felicidade acima de tudo, sem passar por cima de nada nem ninguém. Aprendi com meus erros. Aprendi que ser feliz é ser leve, é estar leve pra voar o mais alto que puder, num vôo cheio de graça, cheio de cores, cheio de boas vibrações e energia. Aprendi que só fazem com a gente o que a gente deixa que façam. O vôo mais bonito é aquele que te leva para o alto, e quando olhamos as coisas bem lá do alto, elas ficam tão pequenas que podem se tornar invisíveis. E quando olhamos pra nós mesmos, nos vemos enorme, do tamanho que realmente somos."

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Nunca mais, nunca mesmo!

“Eu não quero você na minha vida novamente, eu não quero você nas minhas próximas vidas novamente. O que tínhamos pra resolver já resolvemos e ficou pra trás, lá no passado, ainda bem que passou! E você me fez muito mal, não quero passar por isso novamente, nunca mais, um dia mais, um segundo mais, em vida nenhuma mais. Eu não mereço, não quero, não me faz bem, não me acrescenta, não me faz evoluir, só me afunda, me afasta do bem, me escurece. Você nunca me fez feliz e nunca faria, pois você está muito longe de saber o que é felicidade. Espero que tenha entendido! Quero flores, cores, amores, sorrisos, amigos. Quero o que você nunca soube dar, muito menos soube receber. Quero o bem, quero a felicidade em cada momento, em cada olhar, em cada atitude. Quero não ter que mais me preocupar. Quero poder distribuir e atrair coisas boas e não afastá-las de mim. Quero música pra dançar, quero abraço pra abraçar, de alguém que eu possa confiar. O que passou passou, não quero mais voltar, não quero mais chorar, não quero mais me perder, entristecer, me arrepender, me ocultar. Quero não ter vergonha de chegar, de falar, de me mostrar. Quero poder fechar os olhos e viajar.”

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Tempo pra quê?

Quem foi que disse que o Tempo resolveria tudo? Não, o tempo não resolve nada, o tempo apenas faz amenizar, esquecer por um momento, mas aquilo sempre ficará lá, guardado pra uma hora voltar e fazer o mesmo mal de antes, trazer as mesmas dúvidas, mesmas questões, mesmas dores. O tempo não é remédio. O que cura é o entendimento, conversa franca, é sinceridade, é deixar tudo às claras, sem dúvidas, sem remorso, deixar tudo preto no branco. Aquela história de “e se” machuca, causa uma ferida que não cicatriza, dói a cada lembrança.
Quantas vezes a gente se cala querendo gritar? E fica aquele negócio preso na garganta, que chega a sufocar, tira o ar, causa mal estar. Até perdemos o sono. O medo de magoar, ou de não ser compreendido nos faz preferir guardar pra si mesmos, mas isso transforma-se em angústia. Esse grito poderia ser libertador, mas preferimos nos aprisionar por medo, o tal medo, na tentativa de não parecer idiota, ou de não se expor tanto, evitamos esses gritos externos e gritamos dentro de nós mesmos, um grito que pode ecoar por muito tempo, até parecer normal estar ali, na cabeça, no inconsciente, no coração.

Saudade, saudade...

Sabe do que eu sinto saudade? Das gargalhadas, das minhas gargalhadas que às vezes até me faltava o ar, que me faziam chorar por longo tempo, mas não era de tristeza, aquelas gargalhadas que contagiavam as pessoas ao redor e começavam a rir também. Talvez os motivos das gargalhadas me façam falta, lembro que eram constantes. Pena que com o tempo estas me foram tiradas, sei que a culpa pode ter sido minha, certamente foi. Mas percebi que quando eu dava minhas gargalhadas tinha gente rindo de mim e não pra mim. Minhas gargalhadas eram altas, hoje em dia nem um risinho em volume baixo eu percebo. Será que me tornei tão amarga? Ou será que passei a ver as coisas com os olhos dos outros e com muita seriedade que me fez perder a graça? Essa seriedade eu sei de onde vem, vem do momento em que percebi que as pessoas riam de mim, e que cada coisa que eu fazia era motivo de deboche, de zombação e então passei a fazer tudo calculadamente pensado, o que não significa que tenham parado de rir de mim. Mas infelizmente eu que fui prejudicada, parei de ver graça e comecei a ser mais séria, mais exigente e ver as coisas com menos brilho, menos leveza, menos graça. Ai que saudade de quem eu era!

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O que fica é o que é puro e verdadeiro!

Não, eu não acho que sou o centro das atenções, muito menos o centro do mundo. Não acho que as pessoas se incomodam tanto comigo que devam se ausentar nos lugares onde eu estiver. Não, eu não me incomodo com a presença de ninguém a não ser que eu seja ameaçada. Não sou falsa, nem nunca fui e nem acho digno, afinal existem outras opções sempre. Não, eu não finjo ser uma coisa e sou outra, transparência é uma das minhas principais características e sempre foi. Não, não sou carente de tantos amigos fakes só pra encher linguiça ou a rede social, os que tenho me são suficiente e sei muito bem quem são. Não, não acho que dinheiro seja tudo na vida de alguém. Trabalho, me sustento e não peço dinheiro a ninguém, sou feliz com meu trabalho e meu esforço, não vivo às custas de ninguém, nem encostada, muito menos vivo de aparências, adoro ser assim. Por isso sei valorizar cada coisa que tenho, que conquistei e que ainda vou ter. Dinheiro não me compra, sinceridade e caráter, me ganham. Não, não sou uma fudida, posso comer no Porcão Rios ou num boteco na esquina, o importante pra mim é quem vai estar comigo independente do valor da conta, e sozinha sei que não estarei. Pra mim a felicidade está em pequenos gestos e não no tamanho da minha casa, que já adianto não é tão pequena, ou de quanto eu gaste por mês, o importante é meu coração estar cheio de alegrias e não de frustrações e falsidade.

Eu sou Feliz e estou vivendo...

Aaaai gente por quê as pessoas se incomodam tanto com a nossa vida, ou o que fazemos, ou como vivemos, onde trabalhamos, quanto ganhamos, o que comemos? Minha vida é do jeito que eu quero que seja! Já vivi muita coisa, já aprendi muito com tudo o que passei, coisas boas e coisas nem tão boas assim, até coisas ruins mesmo, mas cada uma delas me fez crescer, aprender e evoluir. Sobrevivi a todas. Não sou infeliz de forma alguma, pelo contrário, sou muito feliz, tenho saúde, minha casa, pessoas comigo que posso contar pra cada ocasião, boa ou complicada, tenho meu emprego que agradeço pra sempre a amiga que me indicou e confiou em mim sem nem me conhecer de verdade, tenho minha família que mesmo sendo a família mais maluca e complicada do mundo, sei que posso contar com alguns deles que já valem por todos, não vou citar nomes pra não ofender ninguém. Tem muita gente incomodada com minha "solteirice", geeeente eu não sou infeliz por isso e já aviso que se estou solteira certamente o motivo seja eu querer. Não, não preciso que ninguém me arranje um namorado ou marido, sei como se faz isso sozinha e o dia que eu quiser quem sabe eu não faça do meu jeito? Posso não ser a mulher mais linda e desejada do mundo, mas acho que estou longe de ser a mais feia e mais evitada. Antes solteira do que mal amada, ou vivendo uma farsa. Quando eu quero, eu consigo, sem passar por cima de ninguém, sem ofender, sem fazer mal, eu simplesmente corro atrás e consigo, foi assim a minha vida inteira e não há de ser diferente agora. Não sou melhor que ninguém, nem pior, tenho boa índole, não acho que estou acima do bem e do mal, nem muito menos recrimino qualquer pessoa por qualquer que seja o motivo. Tenho meus medos, meus receios, meus amores, meus vícios, sou normal! Não sou religiosa, mas acredito que devemos sempre fazer o bem a todos, da melhor forma e não olhar primeiro nosso umbigo pra depois ver o que fazer e se vou tirar algum proveito. Eu jamais me aproveitaria de alguma situação ou de alguém. Não invejo ninguém, não mesmo! Fico mais feliz com a felicidade dos outros, do que com a minha própria. Costumo priorizar as outras pessoas e sempre me colocar em último, talvez até seja um erro, alguns amigos até brigam comigo, mas faz parte da minha personalidade e isso acho complicado conseguir mudar. Trabalho desde os 19 anos, nunca estive 1 ano completo desempregada, na verdade acho que nunca fiquei nem 6 meses desempregada. A poucos pedi ajuda, nunca financeira, quando pedi, foi oportunidade e garanto que honrei todas que tive, e nunca decepcionei e assim sigo!

Pessoas Vazias

Pessoas vazias deveriam se encher. Pessoas vazias sofrem, como um saco vazio desmoronam rápido. Deveriam se encher de coisas boas, com tanto espaço que possuem, preferem o vazio da escuridão, da solidão, do amargor, do infinito. Pessoas vazias são vazias de tudo, de coisas boas e de coisas ruins. Às vezes é melhor que sejam vazias do que cheias de coisas ruins. Mas duvido que no meio de coisas ruins não se possa retirar ou descobrir pelo menos uma boa, uma virtude, pode não ser boa pra todos, mas pra um pelo menos há de ser. Autoafirmação é algo que eu acho que nunca usei e realmente acho desnecessário. Chega a ser deprimente, diminui ainda mais o que já é tão pequeno. Mas tem muita gente que prefere enganar a si próprio achando que engana os outros. Na verdade, essas são pessoas que precisam da opinião do outro pra viver. Se alguém precisa repetir infinitas vezes que é feliz, ou que tem as melhores coisas, na verdade essa pessoa só está querendo se mostrar, quer aparecer, quer acreditar naquilo pra esse vazio doer menos, a pessoa quer parecer o que não é e só deseja ser invejada, mas que mente mais desajustada, se ela é quem inveja e quer fazer de conta que o jogo está inverso. Bens não aproximam pessoas, pelo contrário podem até afastar. Já os bons, não só aproximam como não perdem as pessoas. Viver pra gente é melhor do que viver pros outros, pensando no que vão pensar da gente. Além de ser mais divertido e o risco de dar certo é muito maior. Eu prefiro viver a realidade, doa a quem doer, mesmo que a dor seja enorme, a gente aprende a conviver com ela e acaba até se acostumando de tal forma que a ferida cicatriza e só serve de história pra ser contada. Pessoas vazias precisam se mostrar para os outros, pessoas cheias são notadas sem precisar fazer estardalhaço e fazem falta às outras pessoas, tornam-se necessárias, imprescindíveis. O vazio não causa inveja, o vazio cria o seu próprio mundo, um mundo inexistente, torna-se doença, quase que sem cura. O vazio se idealiza como se fosse cheio e assim se esvazia mais ainda, míngua, torna-se nada. Quem precisa de nada pra viver?

Ninguém é obrigado a concordar com ninguém!

Não quer dizer que eu te odeie só porque não concordo com tudo o que você diz ou faz, ou da forma como se veste, se pinta, sorri, se fala alto, se dá pra todo mundo que aparece na frente, se bebe, se frequenta igreja, se gosta de funk ou de música clássica, se é pobre ou rico. Aliás, não odeio ninguém, diga-se de passagem, ainda que alguns possam ter me feito mal... Viver em sociedade é isso, aprender a conviver com as diferenças, isso não é difícil, garanto! Pratico isso desde que nasci! Respeito ao indivíduo é ética, é obrigação, pelo menos na nossa cultura. Tem gente que se ofende de tal forma por alguém discordar dela, que bate nas bochechas e "fala tô de mal" e sai batendo os pezinhos no chão, como uma criança mimada que não aprendeu direitinho. Tenho em meu vínculo pessoas tão diferentes umas das outras e sei lidar com cada uma delas. Posso muito bem frequentar um lugar com pessoas tão diferentes de mim, mas certamente me enquadrarei em algum quesito, afinal ninguém é tão diferente assim, pelo menos que estejam ao meu redor, afinal, não lido com aliens... O que seria do azul se todos só gostassem do vermelho? Ainda bem que existem possibilidades diferentes, podemos escolher o que gostamos, mas não é necessário fazer um fuzuê e falar mal de alguém para os outros, causando intriga e mal estar, só porque você não concorda com algo que esse alguém disse, e talvez nem tenha dito pra você... Antes de tomar partido de algo, certifique-se! Generalizar não é legal, mesmo que seja o que você pensa. Há outras possibilidades sempre! A verdade pode mudar, basta olhar as coisas por todos os lados. A verdade nunca será absoluta, nunca! Seja bom com os outros, não dói, não gasta, não custa e só faz bem à alma! Bom dia!