segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Saudade, saudade...

Sabe do que eu sinto saudade? Das gargalhadas, das minhas gargalhadas que às vezes até me faltava o ar, que me faziam chorar por longo tempo, mas não era de tristeza, aquelas gargalhadas que contagiavam as pessoas ao redor e começavam a rir também. Talvez os motivos das gargalhadas me façam falta, lembro que eram constantes. Pena que com o tempo estas me foram tiradas, sei que a culpa pode ter sido minha, certamente foi. Mas percebi que quando eu dava minhas gargalhadas tinha gente rindo de mim e não pra mim. Minhas gargalhadas eram altas, hoje em dia nem um risinho em volume baixo eu percebo. Será que me tornei tão amarga? Ou será que passei a ver as coisas com os olhos dos outros e com muita seriedade que me fez perder a graça? Essa seriedade eu sei de onde vem, vem do momento em que percebi que as pessoas riam de mim, e que cada coisa que eu fazia era motivo de deboche, de zombação e então passei a fazer tudo calculadamente pensado, o que não significa que tenham parado de rir de mim. Mas infelizmente eu que fui prejudicada, parei de ver graça e comecei a ser mais séria, mais exigente e ver as coisas com menos brilho, menos leveza, menos graça. Ai que saudade de quem eu era!

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