quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Há um tempo atrás, eu resolvi que não me importaria com o que os outros pensassem sobre mim e certamente sobre minha vida também. Ignorei cada um que tentava se aproximar com palavras que fossem contrárias às minhas atitudes, um tanto quanto precipitadas e digo até imaturas apesar da idade e já não ser uma adolescente, já tinha meus trinta e poucos anos (sim eu estava errada!). Eu sentia que tinha uma missão na vida e esta seria estar ao lado de alguém que precisasse de todo amor que eu tinha (inclusive o meu próprio que eu acabei abrindo mão), achei que eu seria a solução pra “salvar” alguém de tudo de mal que houvesse. Só que eu não sabia que o mal era quem estava me acompanhando, me absorvendo as energias, me limitando, me entristecendo, me deixando pra baixo, me adoecendo. Eu chorava diariamente, horas ininterruptas, eu nem sabia que existia tanta lágrima em mim. Eu não sabia que o mal me atraiu, justamente por eu ser do bem, justamente por eu não conseguir fazer nada além de me doar por completo. Só que eu esqueci que eu também precisava viver e que existia a felicidade e ela só seria compartilhada na minha vida se eu desse espaço a ela. Eu sofri, muito, muito mais do que já contei para alguém. Uma dor que doía a alma, doía por eu ter abdicado dos meus princípios de vida, abri mão do que era certo, corri riscos, sofri calada. Não pedi ajuda a ninguém, orgulhosa. Mas descobri que eu sou dona da minha vida e descobri também que minha felicidade não pode e nem deve depender de outra pessoa além de mim. Se tiver mais pessoas para eu transbordar meu amor e felicidade, melhor ainda, farei com o maior prazer. E naquele momento eu também entendi que não sou eu quem pode mudar alguém e ajudá-la a não seguir pelo caminho errado, e ser um suporte. Cada um faz seu caminho, e eu prefiro o caminho das flores, das árvores, da brisa, do sorriso no rosto quando cai a chuva. O caminho da felicidade, sem espinhos, sem pedras, sem farpas, sem dor. Sorrir é muito bom. Chorar às vezes alivia as dores da alma, mas que sejam poucas essas vezes e dores, mesmo que necessárias. Chorar não é necessariamente escorrer lágrimas pelo rosto, às vezes as lágrimas correm por dentro do nosso peito, da nossa emoção, e dói. Melhor que sejam poucas ou quase nenhuma. O objetivo de qualquer vida é a felicidade e não é necessário nos castigarmos, como foi no meu caso da escolha errada, o castigo não deve vir de nós mesmos, Deus sabe o que faz e a hora certa de nos corrigir. Corri atrás do tempo perdido, recuperei minha autoestima, aprendi o meu valor, aprendi que tem gente que é feliz por ter minha companhia, mesmo que sejam poucas pessoas, se for apenas uma já está válida a minha passagem por aqui. O amor só retorna amor. O mal só retorna o mal. O sorriso aproxima pessoas que sorriem e que querem sorrir. Pra quê sofrer se podemos viver? Viver da melhor forma possível.Decidi aproveitar cada momento, cada oportunidade, cada gota de satisfação... A vida é curta, a vida não avisa quando vai acabar e só nos resta obedecê-la e viver o máximo possível! Afinal, ‘o barato da vida é viver!’ e se assim não for, não terá valido a pena e assim não tem a menor graça.

Nenhum comentário: